Se você só vê Deus ou pensa que as coisas espirituais são a meditação, o louvor, jejum, ou quando está na igreja, fazendo “as coisas da igreja”, mas não O enxerga no seu dia a dia, no trabalho, na faculdade, ou quando está cuidando da casa ou dos filhos. Talvez o seu olhar esteja contaminado com uma visão pagã dualista. Deus não trabalha de forma dicotômica, ao criar as coisas Ele se alegrou e afirmou que sua criação era boa! Apreciar as coisas da terra é um exercício extremamente espiritual! Deus atribuiu beleza, dignidade e significado para o mundo e para o homem!!!

No Salmo 34.8 diz para provar e ver como o Senhor é bom! Quando você toma um bom café, ou aprecia um excelente livro, ou se emociona com uma bela música, você tem provado e visto como o Senhor é bom!

Se você começar a alinhar o seu coração à uma forma bíblica de interpretação da realidade (cosmovisão cristã) talvez você comece a perceber que Deus está e se faz presente em todos os momentos e lugares, no expediente de segunda à sexta do seu trabalho, ou na volta para casa naquele busão lotado, até no choro desesperador de um bebê, mas também no afago do filho no colo de sua mãe, no rango saboroso do jantar que só a mãe ou avó sabem fazer. Ele se faz presente nos tempos bons e ruins, nos dias ordinários e extraordinários.

Mas se você só o vê quando passa por situações adversas, ou reconhece o senhorio dEle quando está com problemas financeiros, cara… Tu está precisando mudar imediatamente a sua visão, porque não compreendeu ainda como se deve ver e viver o Evangelho!

Texto por: Priscila Shiotani

Os evangélicos tiveram peso considerável nas últimas eleições. Teremos peso nesse período de corona vírus?

Vejamos:

Pelo segundo ano eu vou a Vitória – ES, para dar aulas no Avalanche Missões Urbanas. Sempre que estou por lá, encontro um dos lemas que considero mais lindos: PLANTANDO UM JARDIM EM MEIO AO CAOS.

De certa forma, isso resume o chamado cristão nesse momento.

Veja os posts no Twitter e em outras redes; veja os noticiários, e, embora você consiga identificar alguém dizendo “não entre em pânico”, o subtexto mais amplo é um convite ao desespero.

É natural o desespero de quem vive para essa vida, de quem se percebe guiado pelo acaso e de quem deposita a sua confiança em coisas frágeis e passageiras. Faz sentido que respondam assim.

Note que o desespero pode se manifestar em histeria e pânico sentimentalista, ou em cinismo. Um tenta externalizar toda a sua inquietação, aumentando sua ansiedade, enquanto o outro tenta se conter e esconder por meio de piadas e aparente frieza.

Mas o cristão é chamado para “plantar um jardim em meio ao caos”. Entre histéricos e cínicos, somos chamados a viver com esperança.

Isso significa não ser contagiado pelo vírus do desânimo e da ansiedade, oferecendo uma alternativa: uma vida sóbria que olha para a eternidade.

A esperança pode guardar o nosso coração, e a comunicação das razões da nossa esperança pode semear a paz nas pessoas perto de nós.

Não se trata de fechar os olhos para a realidade. É o exato oposto: trata-se de observar a realidade COMO ELA É, considerando a dimensão espiritual ignorada pela sociedade moldada nos termos do humanismo secular.

O homem do nosso tempo olha para si, e entra em crise. O cristão olha para Deus, e percebe que nada está fora de controle. Vamos plantar um jardim?

Salmos 46:1-2
1 Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações. 2 Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares.

Nos dias de hoje a visão de mundo está baseada em uma cultura que valoriza principalmente o “status social”, baseada em uma vida de aparência apenas, sem sentido ou propósito e, ao mesmo tempo, em um anseio por viver com propósito. O número de seguidores em uma plataforma digital, como desejo que as pessoas me vejam, ou seja, a manipulação da minha imagem a fim de alimentar meu ego e mostrar uma vida “perfeita” que gostaria de viver, revelam uma insatisfação com a vida que tenho e a cobrança contínua por ser o que a sociedade expressa que eu seja, na busca por identidade e identificação.

Viver segundo o desejo do coração é o conselho bem intencionado que ouvimos em geral, porém o que a Palavra nos ensina é que somos muito vulneráveis ao engano, em Mt 24:4 diz: “Jesus respondeu: cuidado, que ninguém vos engane.”, em Jeremias 17:9 diz: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; […]”. O que nos mostra que só podemos evoluir em Cristo, entendendo quem Deus é através da renovação de nossa mente em uma busca intencional e uma cosmovisão bíblica, o que muda nosso sistema de vida, crendo em Jesus e que a Palavra dEle é inteiramente verdade e nela consta a verdade de quem Deus diz que eu sou, a partir disso ela se torna o fundamento de tudo que eu digo e faço. E, então, Deus nos capacita a andar no primeiro mandamento: “Amarás o Senhor teu Deus com toda sua força, alma e entendimento”, vivendo o cristianismo na integralidade das nossas vidas em uma verdadeira espiritualidade, desconstruindo os limites da dualidade entre sagrado e secular, entendendo que o evangelho todo é para o homem todo e para todos os homens.

É comum que a nossa realidade viva (atual e que ainda há de vir) não coincida com a realidade morta da humanidade. Os nossos ideais, sonhos, trabalhos, as nossas ações, falas etc., não se encaixam na matéria, é algo que transcende. Quando trazemos os valores do Reino apresentados no sermão do monte para a nossa realidade temporal, vemos que algo está faltando. A vinda de Cristo, a união dos céus com a terra e a revelação do eterno findarão toda falta. 

Em meio a tudo isso, aprendi ainda criança que encontrava Deus na igreja nos cultos de final de semana apenas, e por muito tempo “o deixei lá”, como se Deus não fizesse parte da minha vida, mas morasse dentro de  quatro paredes de um templo construído por mãos humanas… Parece que Ele realmente não fazia parte da minha vida. Nessa visão dualista, vivia a angústia de estar com Ele e, ao mesmo tempo, acreditar que Ele não estava comigo fora do templo… A religiosidade tornou-se uma luta constante. 

Mas quando Deus é revelado através da manifestação de Cristo e sua obra de afeição em uma cruz, tira todo questionamento a cerca de uma cosmovisão cristã. Para que faça sentido é preciso conhecer O sentido. É em meio a maré de ideias não-bíblicas de nossa cultura que a nossa fé é transformada em obras e os nossos pés resistem firmes, pois nela não há “eu”, mas há “nós”. Nela há perdão, nela há não, nela há perfeição. Nela há salvação, há restituição, e redenção. Nela há o compartilhar de um corpo, impossível interpretação para a cosmovisão egocêntrica do mundo caído. Andar em uma vida de cosmovisão cristã é andar na clareza da fé, na qual tudo já foi feito perfeito e tudo já existe antes que houvesse. O Sol da Justiça brilha e se revela através de nós, mostrando cada vez mais que os Seus caminhos são os melhores a serem trilhados.  Coríntios 1:18 nos lembra que “a mensagem da cruz é loucura para os que estão sendo destruídos…, mas para os que estão sendo salvos, é poder de Deus.” 

Por Sua graça, conheci um Deus que é muito mais simples do que me ensinaram outrora, Ele se revelou em um dia comum, fora de um templo, e Ele está em uma mesa posta para receber amigos; Ele está em um momento de contemplação; nas mais diversas formas de expressão artística; Ele está nas profissões; na literatura; numa conversa entre um casal, no ensinamento de pai/mãe para filhos/filhas; está no esporte; na justiça social; na dignidade; e no templo também, mas especialmente no templo que Ele mesmo construiu, o coração daqueles que creem nEle…

Ele É e ESTÁ! Isso não lhe parece libertador? 

Texto por: Bell Meira e Gabriel Silvério

 

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