PARA NAMORADOS E SOLTEIROS

Hoje é o famoso dia: os namorados correm para comprar flores e chocolates, as declarações hiperbólicas ocupam as redes sociais, uma infinidade de corações e balões aparecem nas vitrines das lojas e o solteiros ficam se lamentando.

Quer você esteja namorando (incluídos aí noivos e casados), quer não, há boas reflexões para o período:

1 – Um bom namoro passa, primeiramente, por sermos bons homens e mulheres.

Não entenda aqui “ser bom” como mera declaração moralista. A ideia não é ser perfeitinho, menos ainda se enquadrar em um padrão farisaico. Por bons homens e mulheres, falo aqui de nos percebermos cumprindo nosso chamado para uma masculinidade e feminilidade bíblica. Homens e mulheres possuem vocações próprias da parte de Deus, que devem ser honradas, sob pena de machucarmos pessoas e afundarmos os nossos relacionamentos.

Uma caixa de chocolates jamais substituirá uma masculinidade saudável.

O desafio aqui é para caminharmos buscando o crescimento nas maneiras de honrar a Deus como homens e mulheres. Mesmo que não estejamos em um relacionamento amoroso, somos chamados a viver nas formas peculiares como homens e mulheres desempenham seu chamado.

2 – Não é impossível ser feliz sozinho.

Muitos de nós depositam a sua alegria em um relacionamento. Acreditamos na canção, e pensamos que é impossível ser feliz sozinho. Mas pessoas que colocam a fonte de satisfação em outras pessoas tendem a sufocar o relacionamento. Pessoas que vivem infelizes por não ter um namorado ou namorada, destruirão o namoro quando ele chegar.

Um relacionamento belo e saudável é feito por pessoas que encontraram a sua satisfação em Deus, e assim estão livres para depender menos dos outros e amá-los mais.

Quer você esteja namorando, quer não, só há um lugar onde a felicidade última é encontrada.

3 – Todo relacionamento precisa de cultivo.

Talvez tenham sido as comédias românticas que assistimos: nós achamos que um relacionamento deve, naturalmente, ser belo, fácil e agradável. Como resultado, desistimos rapidamente dos relacionamentos que começam a apresentar problemas. Mas cada relacionamento precisa de cuidado e cultivo; precisa de paciência e intencionalidade; precisa de perseverança e criatividade.

Então, hoje é um bom dia para dar chocolates, mas a criatividade deve permanecer. Sentimentalismo, apenas, não sustenta relacionamentos, é preciso o terreno sólido da aliança para que eles floresçam e frutifiquem.

Como você vai passar o dia de hoje?

O Deus das madrugadas não está apenas com os de joelhos dobrados, mas também com os de joelhos maltratados clamantes por alívio. Está em forma de convite e, carinhoso convite. Foi uma noite quente de amor.

Deus esteve com elas, deitou-se na cama de solidão que habitavam e as amou com terno amor. Teve abraço e beijo que lembrou o sopro da vida. E Deus pagou caro. Para elas, foi prazer inefável e gratuito, para Deus, custou seu corpo partido e entregue, Ele não se arrepende. Deus também ama de madrugada. Ama a ponto de entregar-se sem reservas, a ponto de chegar no ponto da questão: Deus se deitou com elas para amar.

Texto: Thalyse Santana
Foto: Bruna Nazario

Tenho recebido uma série de pedidos de socorro pela internet. São pessoas abrindo suas vidas, usando as redes sociais em busca de aconselhamento na área da sexualidade. Sabe o que é triste? Não lerei todas aquelas histórias…

Um dia desses esbarrei com um pedido intitulado “Socorro! Me ajude!” – que ficou ecoando dentro de mim. Fui vasculhar a série de pedidos semelhantes até achar esse em particular.

Ele: “É a senhora mesmo?”, respondi que sim e seguiu a mensagem: “Deus deve estar nisso porque já estou com o veneno de rato aqui em casa e quando ia tomar, resolvi entrar na internet pra me despedir da minha mãe e vi sua mensagem! Não aguento mais sofrer com a homossexualidade e dependência emocional”.

Apesar da distância, dava para sentir a angústia do rapaz. Pensei em colocar alguém próximo a ele. O desafio seria: quem? Lembrei de um amigo e jovem pastor. No outro dia, aquele que estava à beira do autoextermínio, estava vivo, e me contou que a conversa com ele foi muito especial. O pastor enviou um link de uma pregação sua. O rapaz assistiu e se deparou exatamente com a mensagem que um mês atrás tinha visto às vésperas de se enforcar e não o fez porque resolveu se dar uma chance perguntando ao Google o que ele tinha a dizer sobre Deus e os gays.

Eu o motivei a vir fazer nossa escola de sexualidade. Tempos depois, um rapaz senta ao meu lado na escola e me pergunta: “A senhora lembra de mim?” Era ele! Pensei: “Como poderia me esquecer!? Estávamos à beira da morte juntos!”.

Lembro do dia em que ele perdoou o pai – a quem atribuía a culpa por ter sido abusado sexualmente e com quem nunca teve vínculo afetivo suficiente para tê-lo como referência masculina. Sofreu, mas cuspiu o veneno da amargura e ressentimento que o intoxicava.

Algumas semanas depois, ele disse que estava firme numa igreja. Soava radiante. Só que a alegria teve dias contados porque no afã de ser transparente com a liderança, ele confessou sua lida com a atração homossexual, e no outro dia, verificou que já estava excluído dos grupos da igreja, especialmente nos que tinham rapazes.

Foi devastador! Quando me contou a história, estava às margens de uma represa, questionando: “Até quando?”. Esse é o tipo de pergunta que mereceria uma ótima resposta além da que tive para dar: “Não sei, meu querido!” . O que eu diria além da verdade? E a verdade era essa: eu não saberia dizer até quando seria tratado como escória, aberração ou inimigo de Deus.

Tentei encorajá-lo a lembrar do dia que entendeu o significado da Cruz de Jesus, vendo o corpo do Cordeiro de Deus ser partido e o sangue derramado por ele! Tentei lembrá-lo que porque recebeu uma porção de fé para crer no Cristo morto no lugar dele, também poderia se lembrar que Ele ressuscitou e que por estar em Cristo pela fé, ressuscitou com Ele! Por isso e somente por isso é filho amado de Deus – santo, puro e perfeito, porque é visto pelo Pai através do Filho – em quem está escondido! O desafiei a amadurecer na vida santa destinada aos que são Dele! Diante da represa e das palavras, ele deu passos para trás e recusou desistir. Desde então, tem aprendido a árdua, porém indispensável lição, chamada resiliência.

Que Cristo reconciliou nEle TODAS as coisas – até a sexualidade humana – nós sabemos porque está escrito. Mas será que cremos nisso mesmo? A pergunta “Até quando?” mostra que ainda há um percurso pela frente. O rapaz encontrou outra igreja e tem estado bem. Glória a Deus por isso! Mas sejamos honestos. Ainda faltam outros pedidos de socorro para ler, e a caixa postal da igreja – minha, sua, nossa – ainda está cheia!”

Texto: Andrea Vargas
Publicação: Revista Ultimato