Contrapondo-se ao que é regado as festas do Carnaval pensemos naquilo que o Autor da Vida tem para seus filhos, não somente de forma passageira por apenas 4 dias, mas por toda eternidade. Lembrando que o Carnaval é uma festa profana de ritos e costumes pagãos com total culto ao corpo, libertinagem e perversão sexual e total depravação e degradação da vida humana. Ou seja, tudo contrário ao que o Deus Justo e Amoroso que também é Santo e Espírito (e não carne) anseia para os seus eleitos.

Ao invés de sexo livre a todo direito, o apóstolo Pedro em sua primeira carta nos demonstra claramente o que o próprio Senhor nos diz: “Sede santos, porque eu sou santo”. Não esqueçamos que a relação sexual é parte da criação de Deus para glorifica-Lo especificamente debaixo de uma aliança com Ele e dentro do casamento monogâmico e heterossexual. A imoralidade sexual somada aos muitos conflitos nessa área ocasionados muitas vezes pela cultura mundana liberal tem destruído pessoas. A resposta bíblica é: “Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo. Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está:Sede santos, porque eu sou santo.” (1 Pe. 1. 13-16)

Já o uso abusivo de drogas e demais aditivos contribui para um pecado muito recorrente na Bíblia chamado de embriaguez. O mundo se refere a esse tipo de êxtase geralmente como doença, a Bíblia sempre que aborda, afirma ser um comportamento de natureza pecaminosa. Paulo inclusive em sua carta aos Efésios nos recomenda a que não nos embriaguemos com vinho, mas que nos enchamos do Espírito (Ef. 5.18). As tentações para entrarmos em êxtase e perdermos o sentido de tudo são recorrentes com intuito de relaxarmos e vermos a vida mais leve. Será!? A resposta bíblica é: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo.”(1 Pe. 5. 8-9)

Sexo, drogas e rock ‘n roll não combina de maneira alguma com plenitude de alegria e força para o espírito, a alma e o corpo, os quais devem ser conservados íntegros e irrepreensíveis (1 Ts. 5. 23-24). Não devemos viver uma vida que exale morte e destruição, mas uma vida que literalmente exale Vida e vida em abundância, que é a vida eterna. A verdadeira vida abundante é a que tem abundância dos frutos do espírito (Gl. 5. 22-23) e não uma grande quantidade de bens materiais e sensações. O foco está no que é eterno e não nos prazeres passageiros, nos falsos prazeres que iludem e destroem. A festa para a eternidade do povo escolhido de Deus é sim regada a Santidade, Sobriedade e Vida em Abundância. “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” (Jo. 10.10b)

   – Thiago Neves

O acesso à pornografia cresceu muito desde o século passado por causa do crescimento da internet. Sabemos que a pornografia existe há muito tempo, mas com um veículo facilitador, onde além de mais variedade, muito mais novidades e acesso a qualquer hora, também trouxe certa privacidade a quem consome, já que isso era visto como algo sujo e imoral. A internet fez com que de forma desenfreada a indústria pornográfica faturasse quase vinte vezes mais que nas décadas de 80 e 90.

O pesquisador canadense Simon Lajeunesse diz que a maioria dos garotos começa ver pornografia aos 10 anos. Ele procurou jovens que não fizessem uso de pornografia em várias universidades e simplesmente não encontrou.  Um verdadeiro fenômeno cultural nunca visto antes; enquanto nossos pais e avós precisavam ir às bancas e locadoras, e de forma bem constrangedora conseguir conteúdo pornográfico, nossa geração só precisa de um “click”.

Além do fácil acesso, temos também a pouca ou quase nenhuma proteção. Estima-se que nem metade dos pré-adolescentes, idade em que a maioria teve seu primeiro contato com a pornografia, têm o acompanhamento dos pais no uso da internet. Ao contrário de drogas ilícitas, o vício em pornografia não é visto como uma ameaça ou algo que traga danos à saúde psíquica dos filhos. O cérebro de quem consome pornografia constantemente fica sobrecarregado, afinal não houve tempo evolutivo suficiente para o corpo entender a quantidade de possíveis parceiros sexuais que a pornografia traz, o que explica como decai a excitação com pessoas reais, principalmente quando estão várias vezes com a mesma. Estudos semelhantes foram realizados no Instituto Max Planck do desenvolvimento humano por Kühn e Gallinat. Os pesquisadores analisaram através da ressonância magnética o estriado dorsolateral e córtex pré-frontal (áreas do circuito de motivação e na tomada de decisão), e viram que há redução da massa cinzenta nestas áreas e acrescentaram que isso poderia significar que, o consumo regular de pornografia, mais ou menos, apresenta um desgaste no seu sistema de recompensa.

Durante a quarentena, devido ao Covid-19, muitos sites pornográficos comemoraram o aumento de acesso e, alguns que eram pagos, colocaram seus vídeos gratuitamente para incentivar as pessoas a ficarem em casa. Na Itália, o primeiro país a decretar a quarentena, chegou a registrar um aumento de 57% o consumo em materiais pornográficos ainda em Março, na França, 38% e na Espanha 61%. Um site brasileiro teve o aumento de 50% nas assinaturas diárias. Com as pessoas trabalhando em casa, a Netskope, empresa americana de software de segurança, registrou o crescimento de 600% de acesso à pornografia durante o horário de expediente na pandemia de Covid-19 em relação ao mesmo período no ano passado.

Mas não são somente conteúdos pornográficos comuns que estão sendo acessados. Uma plataforma de games pornôs alcançou a marca de mais 56 milhões pessoas acessando, com um aumento de 40% desde antes da pandemia, segundo o G1.

Enquanto o número de acessos nestes conteúdos aumenta, a Exodus Cry movimentou a internet com uma campanha para derrubar um dos sites mais famosos por conter, além de violência, estupro, abuso sexual, imagens de pessoas (inclusive crianças e adolescentes) que foram traficadas e estão em cárcere. O movimento “Traffickinghub” alcançou dois milhões de assinaturas, e continua crescendo nas redes sociais. Existem muitos crimes por trás destes sites, e quem está acessando deve ter essa consciência que a  indústria pornográfica financia o tráfico humano, induz a violência contra mulher, propaga a violência sexual infantil, além de ser prejudicial à saúde física e psicológica de quem consome e de sua família, trazendo alterações comportamentais, sociais e biológicas. Não existem benefícios, mas como qualquer outro vicio, pode ser muito difícil de parar, e para isso tem muitas formas de alcançar ajuda, seja em grupos de apoio, movimentos na internet, aconselhamento e amigos. Só não precisa ficar sozinho. Conversar e questionar sobre o assunto é o primeiro passo.

 

TEXTO DE: BRUNA NAZÁRIO

“Lave bem as mãos!”, “não saia de casa!”, “fique a um metro de distância das pessoas!”, “use luvas e máscaras!”. Essas e diversas outras têm sido as orientações que mais temos ouvido nesses últimos tempos. Estar em casa tem me lembrado de outro meio de comunicação um tanto esquecido por muitos e que agora tem falado bastante: o corpo. Sim, o corpo, um lugar sagrado onde o relacionamento acontece, onde, de fato, é o ponto de encontro entre o de “dentro” e o de “fora”. Lugar onde, nos dias atuais, tem quebrado as regras da física, pois mesmo parado está em constante movimento. Dentro de si, há tanto barulho, há tantos gritos mudos, tantas dúvidas e temores transformados em noites sem dormir, nostalgias, o que me faz repetir que, por mais parados que estejamos, nossos corpos se encarregam de apresentar o seu próprio discurso.  Estar em casa esses dias para muitos tem sido o tempo em que, de fato, as pessoas têm se encarado diante do espelho, e isso implica reorganizar, pensar o que é importante na vida, pensar no que realmente tem valor. Falar de corpo é falar de história. Mas como posso falar dessa história se ela ainda está em processo? Vai ficando claro que suposições erradas sobre Deus, levam-me a conclusões erradas sobre mim. Então para entender um pouco mais, preciso perguntar ao Criador dela. Aprendo que carrego em meu corpo uma identidade dita por Ele a mim. Resgatando essa relação com meu Criador, vou entendendo o que Jonathan Edwards quis dizer quando afirmou “raios dispersos, mas Ele é o Sol”, quando eu experimento qualquer razão, emoção, amor, graça, bondade, beleza ou poder reais num outro alguém ou algo, Ele é o sol que encontramos enquanto refletimos os raios da sua verdadeira Fonte. Ele pode moldar, expandir, iluminar e se desenvolver em nós de modos que nenhuma quantidade de dinheiro, poder, amores, impulsos ou qualquer outro objeto de adoração concebível o possa. Mesmo depois de tantas buscas, insisto em não desistir desse desafio chamado viver. Não me conformo em ser esse eterno paradoxo entre o real sentido do presente, sem deixar de esperar por um porvir imenso e infinito. Mesmo entorpecido pela rotina, tomo coragem para enfrentar meus próprios barulhos e meu vazio, entendendo que as respostas que tanto quero podem se tornar um convite a um novo olhar. 

Texto: Felipe Ramos

Para início de conversa precisamos compreender o que são compulsões. Elas são entendidas como hábitos aprendidos, os quais podem gerar alívio sobre a ansiedade, a angústia e o medo. Ou seja, são práticas que podem ser repetitivas e excessivas e, apesar de gerarem certo prazer e proporcionarem alívio emocional, são más e, com o tempo, a sensação de bem-estar imediato passa e é seguida da culpa. Para minimizar o sofrimento causado pela culpa, repete-se a prática, caracterizando, assim, o hábito como um comportamento compulsivo.

Definidas em linhas gerais as compulsões, que relação esse tema tem com o que temos vivido atualmente enquanto humanidade, seres sociais, criados a imagem e semelhança de Deus?

Atualmente, encontramo-nos em uma realidade nova, a pandemia do novo corona vírus, e com isso deparamo-nos com algumas restrições na tentativa de combater a disseminação do mesmo. O quê fazer? Para onde ir? A indicação até aqui foi a de parar tudo, já que distanciamento e isolamento sociais são importantes neste momento que estamos vivendo. Grande parte da população se viu cercada por essa realidade e, concomitantemente, surgiu a dificuldade de lidar com o novo, com a quebra das rotinas antes estabelecidas. Insegurança e medo surgem: da solidão, do isolamento social, do incerto. É angustiante, amedrontador, e isso traz consigo transformações sociais e emocionais, junto a consequentes mudanças nos hábitos.

Mas o que fazer diante de tudo isso? Como aliviar essa tensão emocional? É nesse momento que descobrimos que o nosso coração é enganoso. Somos tendenciosos em acreditar que precisamos de algo para suprir e aliviar as nossas carências e inseguranças. Assim, nos deparamos com as compulsões em diversas áreas: comida, sexo, álcool, drogas, internet, games, entre outras. Precisamos sempre de mais, mais e mais, a fim de gerar uma sensação prazerosa, que, de contrapartida,  nunca é suficiente. E, assim, queremos mais. Mas até quando? Permita-me dizer que há caminhos que aos nossos olhos parecem certos, mas não vão gerar vida – prafraseando Provérbios 14:12.

Como é difícil lidar com a solidão, com o próprio eu, com o medo, não é mesmo? E quem disse que seria fácil? Além do mais, não fomos criados para andar e vivermos sozinhos. O Criador, junto com o fôlego de vida, soprou em nós a característica do relacionar, pois Ele mesmo é relacional. Então, precisamos conhecer o Caminho e a fonte de prazer que irão, sim, gerar vida. E, para tanto, nada melhor do que (re)conectar com o Criador e (re)descobrir habilidades, como cozinhar, desenhar, pintar. A prática de exercícios físicos, danças, esportes, caminhada, alongamento, também contribui, pois libera substâncias (por exemplo, a dopamina) que geram em nós a sensação de prazer.

Diante disso, a boa notícia é real e verdadeira, ela nos conduz a uma fonte de prazer que nunca acaba. Precisamos nos arrepender e reconciliar com Cristo, pois Ele é o caminho, a verdade, a vida, e a fonte inesgotável (Jo.4:13,14). É possível! Aproveitemos este tempo de quarentena para nos readaptarmos a uma nova rotina. “E a paz de Deus, que ninguém consegue entender, guardará o coração e a mente de vocês, pois vocês estão unidos com Cristo Jesus (Fp.4:7).”